terça-feira, 29 de junho de 2010

Comunicação é só para apagar incêndios?

O ambiente que qualquer organização é muito complexo. Suas variáveis são inúmeras e a escala de influências é planetária. É o mercado globalizado. A bola da vez é a sobrevivência e a lucratividade num contexto tão especifico, e ainda carente de como se comunicar e ganhar com a comunicação

Da inerente necessidade administrativa de gerir essas influências mutantes, as empresas se viram despreparadas e desafiadas por outro “abacaxi”. Como gerir as informações, num contexto tão complexo e global? E podemos ir além, hoje não basta gerir a comunicação externa e fazer o “feijão com arroz” da comunicação interna. É crucial e vantajoso fazer que a comunicação interna agregue valor à organização perante seus colaboradores. Por que essa nova postura? Questões como cultura organizacional; clima; valores; filosofia; missão; política de Recursos Humanos; imagem eram práticas de multinacionais, mas estão acessíveis a todos. Esse trabalho de planejamento estratégico, acompanhado do planejamento comunicacional é feito por muitos empresários, mas efetivados por poucos. E saiba, essa minoria é quem cresce.

As empresas hoje deverão determinar novas formas de se comunicar. A “Era da Propaganda” em si, se foi. A “Era” atual é a do conhecimento, e aqui vale o conhecimento que os colaboradores e as pessoas têm de sua empresa. O que vale é o que outros falam da empresa e isso é base para as relações públicas. E propaganda é o que a empresa fala de si. Voltamos àquele exemplo da Volkswagen: a falta de comunicação oficial e postura transparente fizeram com que consumidores passassem a rejeitar a marca, no episódio das demissões da fábrica da empresa. E o mesmo não aconteceu com a Gol, quando a empresa foi abalada pelo acidente. Foi diferente porque a empresa tinha um planejamento e agiu rápido. Ações de relações públicas; do comitê de crise; do programa de mídia training tudo foi trabalhado de forma a resolver o problema e preservar a imagem. O que se percebe é uma postura clara e transparente, disposta ao diálogo. Com esses exemplos, fica claro que comunicação não é só ara apagar incêndios, mas sobretudo para criar diferencial.

* Graziela Vaz
Relações Públicas e professora dos cursos de
Jornalismo e Publicidade e Propaganda
Faculdade Pitágoras/Divinópolis

Nenhum comentário:

Postar um comentário