quarta-feira, 16 de junho de 2010

Baixas temperaturas esquentam as mídias de Rádio e TV

“ ...Quando o inverno chegar, eu quero estar junto a ti...”; ao som dessa clássica do ainda mais clássico Tim Maia, fico pensando que, se a música fosse feita para retratar a mídia televisão e rádio no inverno, seria perfeita. Afinal, quando os trópicos são visitados pelas brisas argentinas, sentar nas cadeiras de lata que a maioria dos nossos botecos oferecem é mais desafiante. Sem contar que nós, divinopolitanos, adoramos um bar vitrine. Esses em que quem está dentro quer ver quem está passando de carro na rua, e os que estão no carro querem conferir quem está onde. Bem, esse bate-papo sobre cultura local de barzinho fica para uma outra vez. O que eu quero aqui compartilhar é sobre a relação entre audiência e baixas temperaturas.

Meus alunos e sobrinhos já me dão notícias de programas com horários fora do “Altas Horas”. Meus pais e os vizinhos que adoravelmente ficam nas portas das casas, já não o fazem com as noites começando mais cedo. Lá estão eles aumentando a audiência da novela das seis, dos noticiários locais, principalmente daqueles que estão bem focados na cidade. Não sem antes, é claro, de rezar com a Novena do Pai Eterno, carro chefe da programação do canal Rede Vida.

Mas a audiência da TV não reina sozinha. O nosso querido rádio, companhia de todas as horas, também ganha com o inverno. Porém, acredito (não tenho dados de pesquisas para confirmar tecnicamente) que em outro horário. Ficar na cama mais um pouquinho pede um rádio ligado baixinho, um banho quente mais demorado pode dar mais vontade de ter música ambiente e por aí vai.

E nesse inverno temos mais um atrativo para a TV e a rádio: a Copa do Mundo. Mesmo sem gostar muito ou entender de futebol, é bastante improvável que o assunto Copa não ganhe pelo menos um tempinho do dia de um cidadão brasileiro. E mais uma vez, dá-lhe audiência para os programas esportivos, jornalísticos e afins (criados especialmente para o momento).

Considerando então esse detalhe sazonal, vai a dica: é bom que os planejadores de mídia e anunciantes fiquem atentos às oportunidades. Mas vale uma ressalva: cuidado para não virar apenas mais um no meio do “bombardeio” de propaganda com o mote criativo futebol. Caso a opção seja essa, invista talento e o custo justo que o talento cobra nas produções. Pois uma criação de gosto duvidoso, sem profissionalismo, sem produção, derruba qualquer planejamento de mídia. É um gol contra e pode congelar uma péssima imagem da marca na lembrança do consumidor.



* Silvana Maria de Sousa
Professora dos cursos de Jornalismo
e Publicidade e Propaganda
Faculdade Pitágoras / Divinópolis

Um comentário:

  1. Fica nítido as alterações de aldiencia, principalmente por que no inverno algumas pessoa preferem ficar em casa e ver televisão e até mesmo como foi citado, estender o banho e ouvir o rádio.
    O que deve ser observado e estudado são os publicos(e quem são) e em quais horarios existe este aumento na audiencia e assim direcionar as publicidades.

    Evandro Penoni - Aluno Publicidade e Propaganda - Pitágoras Divinópolis

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