terça-feira, 12 de abril de 2011

Meu primeiro iMac


Ricardo Nogueira
Jornalista, Mestre em Educação, Cultura e Organizações Sociais.
Professor da Faculdade Pitágoras nos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda.



Na última semana vivenciei uma experiência bem interessante. Ao mesmo tempo em que foi fantástica, pôs-me a pensar se realmente estou fazendo a coisa certa. É que, na última terça-feira, chegou meu almejado iMac, o primeiro Macintosh da minha vida. Até aí tudo bem, não espero que com isso me torne mais um “discípulo” de Steve Jobs – daqueles que concordam com 110% de tudo que o grande mentor da Apple fala ou faça. Mas o que me deixa intrigado é que o novo equipamento trouxe novas descobertas, boas e ruins ao mesmo tempo.

Já foi dito aqui que vivemos em um mundo rodeado por novas tecnologias, que a internet é o grande filão, que não se sobrevive mais sem algum aparato digital. Não é sobre isso o que quero falar. É que, de tanto ler, ouvir e assistir a milhares de pessoas felizes, satisfeitas e fiéis aos equipamentos da Apple, decidi experimentar. Ao invés de adquirir um  iPod, um iPhone ou um iPad, resolvi ir direto ao iMac que, para os leigos, vem a ser como o tradicional PC, só que fabricado pela indústria da maçãzinha.

Eis que chega o equipamento. Eu e meu sócio (defensor incondicional da tecnologia Apple) ligamos a máquina e vimos uma apresentação realmente impressionante. Inegável a qualidade de som, imagem, processamento e tudo o mais que a máquina proporciona. Talvez por isso justifique o seu alto preço em relação aos PCs convencionais (além, é claro, da pesada alíquota de impostos que incide na importação do produto). Estava me sentindo como uma criança quando ganha um brinquedo novo. Sabe aquela sensação boa? Pois foi essa mesmo que senti. Aos poucos estou aprendendo a “domar” a máquina e, em breve, tenho certeza que saberei utilizá-la a meu favor.

Ah, sim, a história tem uma surpresa desagradável, né? Pois é, nada pode ser perfeito. O interessante é que, desta vez, a Lei de Murphy não agiu. Não houve problema na entrega, nem no equipamento, nem mesmo com a operação. O que houve de errado é que resolvi trabalhar com comunicação em um mercado que ainda não está totalmente preparado para isso. Vou explicar: não quero ser dono da verdade, hipócrita ou mesmo falar com ar superior. O que acontece é que, se as pessoas e as organizações não evoluírem, as coisas param no tempo, ficam para trás.

Em qualquer lugar desenvolvido do mundo, 10 entre 10 pessoas que trabalham com comunicação e prezam pela qualidade gráfica, de impressão, tratamento de imagens etc, operam com a tecnologia Apple. Os milhares de fóruns, listas de discussão e outros espaços democráticos da internet não me deixam mentir. E tudo isso tem uma explicação lógica: são máquinas com uma “preocupação” maior com elementos gráficos, o que faz toda a diferença para quem trabalha com este recurso.

No entanto, apesar disso, sinto que estou na contramão. Ou será que não? A dúvida surge porque o mercado regional (com algumas raras e boas exceções) não está preparado para operar com esta tecnologia. Este espaço não é o lugar apropriado para discutir pormenores de produção gráfica, mas a mensagem que recebi foi essa. Ora, estaria eu, então, errado por ousar, por procurar trabalhar com as ferramentas apropriadas para o serviço que executo? Ou será que o mercado em que atuo é que não está preparado para competir em pé de igualdade com os grandes centros? Não tenho a resposta, mas uma direção. Acredito ser melhor pecar pela ousadia do que pela omissão. Na área de comunicação, isso realmente faz a diferença.

Enquanto isso, continuo treinando no meu novo “xodó”. Quem sabe um dia, quando o mercado acordar para a evolução tecnológica, eu já não esteja preparado para isso? Afinal, conhecimento, aperfeiçoamento e ousadia (sem excessos) não faz mal a ninguém. Ou faz?

Um comentário:

  1. Não uso a tecnologia da Apple para os mesmos fins que vc, mas devo concordar 100% com o que disse. Ainda temos várias areas que necessitam se adaptar à tecnologia Mac. Mas até lá, vamos aproveitar enquanto não tem virus invadindo nossos Macs...hehehe

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