terça-feira, 16 de agosto de 2011

Publicidade é transpiração

Mivla Rios
Publicitária, mestre em Comunicação Social.
Professora dos cursos de Publicidade e Propaganda
da Faculdade Pitágoras-Divinópolis.


 
Quando a maioria das pessoas pensa na atuação do profissional de publicidade e propaganda, normalmente, surge aquela idéia de uma pessoa muito criativa que, “do nada”, tem um insight e cria campanhas miraculosas, engraçadas e de sucesso. Se você é um dos que pensa que as cosias funcionam desta maneira, está na hora de rever seus conceitos.

Em primeiro lugar, o trabalho do publicitário é muito amplo e abrange funções administrativas, de relacionamento, estratégicas e, claro, de criatividade. Há o publicitário que atua na gestão dos clientes, o chamado “atendimento de contas”. É aquele que vai atender às demandas solicitadas, levantar possíveis problemas de comunicação, sugerir aos criadores possíveis soluções.

Nas atuações mais estratégicas temos o profissional que pesquisa o mercado, analisa os concorrentes, define uma posição de “combate” para seu cliente, assim como as ferramentas e canais a serem utilizados nessa batalha pelos consumidores. O publicitário que atua diretamente no desenvolvimento das idéias de campanha, imagens e frases de efeito é conhecido como “criador”, pois precisa gerar algo novo, e cada vez mais surpreendente, a partir de seus estudos, pesquisas e vivências junto à marca.

Entretanto, do atendimento à criação, todas estas possibilidade de atuação, exigem um bocado de transpiração, antes da chegada da grande inspiração. Um antigo professor da PUC Minas nos dizia, em sala de aula, que para a chegada do momento “Eureka” é preciso 90% de transpiração e 10% de inspiração. Ou seja, a criação publicitária é o resultado de uma equação que busca resolver um problema real do cliente. É uma reação, uma resposta, a uma demanda de mercado séria e diretamente relacionada ao setor de atuação do cliente. Portanto, é um trabalho que é desenvolvido a partir de um problema mercadológico a ser solucionado.

De posse desse enigma a ser solucionado, o profissional precisa pesquisar, estudar, debater, ouvir pessoas e deixar-se mergulhar no universo daquela demanda para que, aí sim, após um grande acúmulo de informação, as ideias possam ir se tornando mais claras, possibilitando o surgimento de uma solução ao desafio proposto. Assim, o publicitário pode ser comparado ao médico ou ao engenheiro, que a partir de um problema detectado vai estudar, avaliar, comparar, desenvolver raciocínios e possíveis saídas a serem implementadas em busca de solucionar a questão e deixar o cliente satisfeito.

Então, a partir de agora, quando você se defrontar com aquela bela campanha na TV, seja vendendo cerveja, automóveis ou seguro de vida, é relevante saber que não se trata apenas de um trabalho artístico, de criação de belas e divertidas imagens. É muito mais que isso, é um processo longo, estratégico e calculado, que finalmente deságua naquela imagem que nos é apresentada, buscando claramente determinados objetivos comerciais.

Um comentário:

  1. Isso memu Mivla!!...tem vezes q acho q viaajo d+ em criaça, e deixo um pouco de lado a parte mais burocrática e não menos importante do negôcio. É preciso controlar nosso poderes de criador kaOPSDKpas. Muito bom o texto bjs

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