quinta-feira, 17 de março de 2011

Redes Sociais: E agora José?

* Silvana Maria de Sousa
Professora dos cursos de Jornalismo e PP
Faculdade Pitágoras/Divinópoilis



No ano passado, depois de assistir à palestra da @mluiza no Seminário de Comunicação na Faculdade Pitágoras fiquei convencida: estava muito fora das redes sociais. Pois bem. Decidi como profissional da comunicação, como pessoa que tem alergia à poeira, que enfrentaria o desafio de "entrar". E de lá pra cá, estou num projeto de montar meu blog, criei uma conta no twitter, e andei tuitando (ainda não sei escrever esse verbo ), vivo pegando no pé da coitada da palestrante, parcelei e aguardo ansiosamente meu primeiro ipad, enfim, estou debutando nas redes sociais.

Porém, como convém aos tempos modernos, a contradição e a dúvida pós decisão pró redes sociais não demoraram. Vejam só.

Em pleno furor virtual, o Gabriel de Nova Serrana, meu atualizador de cibercultura, me manda um link. Pensei, lá vem mais uma confirmação da minha situação "out". Mas, como nada é tão previsível (outra característica dos tempos modernos), a minha surpresa: o artigo que o link http://www.brainstorm9.com.br/opiniao/midias-sociais-to-fora) conduzia era de um tal de Paul Car, escritor de blog, um gringo. E nesse artigo ele estava dizendo que havia saido de todas as redes sociais. Que agora o "bacana" é ser assim um tipo de "figurinha virtual difícil". Pensei: “durma com um barulho desses Silvana”.

Li, reli, tornei a ler e cheguei num consenso, pelo menos comigo. Para sair de qualquer lugar com um pouquinho de propriedade no querer sair, tenho pelo menos que ter entrado,certo? Por que caso contrário, vai ser tudo modismo. Entrar ou sair seria só um detalhe. Pode ser que o cara esteja na acertiva, mas eu não posso me dar a esse luxo de "hora de sair", pelo menos com credibilidade como ele.

Bem, para me acalmar nesse “entra ou não entra” do mundo contemporâneo voltei para o colo do Seu Carlos Drumond, da dona Adélia Prado, para as contradições da alma.

Já pensou? Era só o que me faltava. Sentir-me fora porque não entrei eu até já digeri, mas me sentir fora porque tô dentro, ai ai ai. E agora José? Quer dizer, e agora sr Paul?

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