sábado, 27 de novembro de 2010

Gestão de marca e posicionamento

* Ricardo Nogueira
Jornalista, Mestre em Educação, Cultura e Organizações Sociais.
Professor da Faculdade Pitágoras/Divinópolis nos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda.



 
Atualmente, muito se fala em gestão de marcas, branding e várias outras estratégias na busca por um diferencial competitivo no mercado. Outro ponto bastante comentando diz respeito a segmentação e posicionamento, ações tidas por muitos como “salvadoras” das empresas. Mas afinal de contas, o que a gestão de marcas, segmentação e posicionamento podem influenciar nos rumos de um negócio?
 
Na contemporaneidade, avanços tecnológicos impõem às organizações a necessidade de buscar novas formas de gestão, cujo foco está cada vez mais dirigido aos bens intangíveis: marcas, pessoas, idéias e informações estratégicas. Novos serviços e produtos estão disponíveis no mercado a todo instante e, com a tecnologia, a cópia dessas inovações se torna viável. Isso torna difícil para as empresas manterem a vantagem competitiva resultante da exclusividade de suas inovações e faz com que tenham dificuldade até mesmo de recuperar o investimento realizado em pesquisa e desenvolvimento para o lançamento de um novo produto ou serviço.
 
Assim, vários autores acreditam que o investimento nas marcas é uma das soluções para essa situação, a fim de criar e sustentar uma vantagem competitiva através de uma identidade de marca original e singular, capaz de construir uma imagem atraente para os consumidores. A qualidade superior e o valor agregado tornam uma marca forte e, assim, ela pode cobrar um preço mais alto, usufruir de maior taxa de fidelidade dos clientes, possuir uma participação dominante de mercado e criar uma barreira à entrada de concorrentes.
 
Na prática, a gestão de marca tem muito a ver com os conceitos de segmentação e posicionamento. Quando uma empresa opta por segmentar, ela passa a fazer um estudo para a definição do mercado-alvo que quer atingir e, a partir daí, concentra seus esforços para satisfazer o público deste mercado. Um exemplo disso pode ser uma loja de roupas que faz a opção em vender apenas vestidos de festa. A partir do momento em que a empresa faz esta opção, ela abre mão de atender outras demandas do mesmo tipo de produto (roupas), como modinha, roupas íntimas, moda masculina, moda casual e jovem, por exemplo. Mas, ao mesmo tempo em que renuncia a este outro mercado, ela consegue se especializar e atender melhor o segmento a que se propôs: o de vestidos de festa. Isso agrega valor ao seu produto e facilita a comunicação com seu público-alvo, bem definido.
 
É aí que entra o posicionamento. Com o mercado-alvo e a segmentação definida, a empresa precisa agora se posicionar diante da sociedade. E posicionar, numa definição rápida, consiste em agir e comunicar ao mercado o que é a empresa, o que ela oferece, para quem ela oferece e qual o seu diferencial em relação a concorrência. No exemplo citado, a empresa poderia posicionar-se como produtora de vestidos de festa exclusivos, feitos sob encomenda com um estilista próprio – o que agregaria valor para o cliente que gostaria de ter uma peça única –, ou se posicionar como uma empresa que produz vestidos “populares”, mais baratos e acessíveis, porém sem a exclusividade – o que atrairia consumidores em busca de soluções a menores custos.

Sabe-se que o mercado está aberto a todos e que, neste caso exemplificado, tanto um quanto o outro posicionamento poderia resultar em um grande sucesso. Mas, para isso, é importante que a empresa defina bem seu segmento e se posicione de maneira clara, para que o consumidor possa lembrar sempre de seu nome quando precisar adquirir este tipo de produto. Isso auxilia na gestão da empresa, faz com que ela tenha foco bem definido e, por consequência, cria uma marca forte.

A marca, além de ser a forma pela qual o público se associa a uma empresa, tem a capacidade de influenciar consumidores, parceiros e colaboradores. Uma marca não é apenas a logo ou imagem de uma empresa, mas uma cultura que surge como resultado da sua relação com o mercado. Com base em seu posicionamento, uma marca é capaz de transmitir uma percepção desejada para seu público.
 
Por serem inatingíveis, as marcas têm vida útil infinita quando bem gerenciadas. As características físicas dos produtos podem ser copiadas. Já o valor de uma marca, não. A marca cria barreiras emocionais contra a concorrência, bem como vantagem competitiva sustentável de longo prazo.

Portanto, antes de querer se tornar “Top of Mind”, ou ser a marca mais lembrada pelos consumidores de determinado segmento de mercado, as empresas devem primeiro resolver, internamente, o que elas realmente são. Após isso, posicionar-se de forma clara e iniciar o trabalho em gestão de marca pode trazer resultados significativos. Mas é bom começar isso o quanto antes. Afinal, uma marca forte não se constrói do dia para a noite. Ou alguém ainda acredita em sucesso sem trabalho?

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Exportação: oportunidade para marcas regionais e profissionais de Comunicação

Francisco Resende Costa Neto
Coordenador dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda
Faculdade Pitágoras - Divinópolis-MG



Pensar globalmente significa ter uma perspectiva de que a marca, além de sua própria base de atuação, seja essa local, regional ou nacional, pode ter uma força global. Grandes empresas como IBM, Coca-Cola, Gillette, Nestlé, Sony, Unilever, Panasonic e outras obtêm mais de 50% de suas receitas do exterior. Entre as empresas brasileiras, Embraer, Sadia e a Alpargatas (chinelos Havaianas) estão entre os maiores exportadores. A globalização, contudo, não está limitada a grandes empresas. Essa prática está se tornando crescente junto a pequenas e médias empresas brasileiras. Inúmeras já estão obtendo parte de sua receita com o mercado externo. Entretanto, o percentual de exportação pelas empresas brasileiras de pequeno e médio porte no total exportado pelo país ainda é relativamente pequeno se comparado com o dos países como o México e Itália. E talvez esta questão esteja ligada à falta de uma equipe de comunicação que faça com que estas marcas apareçam – e bem, em mercados externos.

A internacionalização de uma marca envolve uma série de condicionantes devem ser observados, tanto referentes à própria marca como a outras questões que vão interferir positiva ou negativamente nesse tipo de estratégia. Às vezes, uma marca bem aceita em um país não se presta para a internacionalização. O nome e a fonética estão entre os aspectos que merecem cuidados, face o seu significado em outros países e culturas. Nessas circunstâncias, mesmo o produto bem aceito por aqui terá que receber outro nome e, dependendo, outra logomarca. Esta análise é típica do publicitário, responsável por pesquisar tendências e culturas de outros países antes de inserir a marca de seu cliente no exterior, respeitando aspectos como cultura, religião e questões etnicas.

Fato é que temos, em nossa regiào, excelentes APL`s (Arranjos Produtivos Locais) com imenso potencial de exportação, seja para início ou expansão deste processo: cidades como Cláudio (fundição), Santo Antônio do Monte (fogos), Carmo do Cajuru (móveis), Nova Serrana (calçados), Divinópolis (confecção e siderurgia), Itaúna (siderurgia), Pará de Minas (suinocultura), São Sebastião do Oeste (avicultura), entre outras. A qualidade dos produtos e a capacidade de produção em alto escala já estão mais do que consolidadas. Falta, entretanto, este elo de comunicação com os mercados. O profissional que vai trabalhar a comunicação, a pesquisa e a adaptação desses produtos/marcas para os mais diversos países. Aquele que, independentemente de sua habilitação (jornalista ou publicitário), está preparado e motivado para estas importantes atribuições, pois a pesquisa abre enormes mercados. Seu papel é completamente diferente do profissional de Comércio Exterior, que irá, tecnicamente, mediar este fluxo de produtos na área administrativa. Mas a análise e a adaptação de produtos/marcas são fundamentais para o sucesso neste novo mercado.

Equívocos já aconteceram e prejuízos foram registrados, inclusive, por grandes marcas. A Coca-Cola já teve que passar pelo vexame de devolver, ao Brasil, milhões de unidade de refrigerantes Pet 2 Litros enviados ao mercado americano, justamente, por achar que o sucesso no Brasil se replicaria nos EUA. Faltou apenas um detalhe: estudar os hábitos de consumo daquele país, caracterizado pelo extremo individualismo. A gigante Petrobrás investiu milhões de dólares para transformar sua marca mundialmente conhecida para Petrobrax, agradando aos investidores internacionais, que tinham uma dificuldade com a pronúncia nacional. Fiasco total, que gerou enormes prejuizos para a estatal, tanto em imagem quanto em investimentos oriundos na “nova” marca. Sao provas de que os grandes também cometem equívocos e amargam enormes prejuízos, que teriam sido evitados caso a pesquisa fosse o ponto primordial do processo. Talvez esteja aí o grande “gancho” para empresas do Centro-oeste comecem a pensar em outros mercados, expandindo seus lucros; além de uma grande oportunidade de mercado para profissionais de Comunicação.

domingo, 14 de novembro de 2010

Importância de uma boa escolha profissional

Francisco Resende Costa Neto
Coordenador dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda
Faculdade Pitágoras - Divinópolis-MG

Durante essa semana (dias 16, 17 e 18 de novembro), a Faculdade Pitágoras de Divinópolis promove o Giro de Profissões, evento gratuito e destinado aos alunos do ensino médio da região. Para os vestibulandos ou aqueles que ainda estão em dúvida de qual profissão escolher, o evento é uma grande oportunidade para conhecer melhor os cursos de graduação oferecidos na instituição. Pego o gancho deste importante evento realizado pela Faculdade Pitágoras para falar, novamente, sobre a importância de se fazer escolhas profissionais. E quanto antes essas decisões forem tomadas, maiores são as chances de darem certo. Ainda mais quando falamos de profissões.


O Giro de Profissões pretende aproximar os futuros universitários da realidade acadêmica por meio de atividades que incluem uma visita por toda a estrutura da faculdade, apresentação dos Núcleos de Excelência, salas com demonstração de cada curso onde os estudantes poderão conhecer mais sobre as oportunidades no mercado de trabalho. Profissionalmente falando, é uma chance sensacional para que adolescentes entre 15 e 18 anos possam conhecer e fortalecer suas convicções em relação à carreira que pretendem seguir. Uma decisão difícil que, geralmente, vale para toda a vida.

A escolha profissional é um processo dinâmico e em permanente construção, atravessado por conflitos, ansiedades e angústias. Às vezes, é influenciada por diversos fatores, dentre eles os pais, a família de um modo geral, os amigos e o grupo social, o meio sócio-cultural e os preconceitos com relação às profissões. Há ainda crenças e mitos que dificultam a escolha profissional. Por exemplo, acreditar que a escolha é definitiva e para sempre gera angústias. Mas como pensar na tomada de escolha profissional como uma decisão finalizada se nossas preferências e competências mudam de acordo com nossas experiências? Se a cada momento da vida podemos perceber que há outras escolhas melhores e mais satisfatórias? Eis aí um grande mistério.


Por isso, as instituições de ensino superior precisam entender este novo direcionamento que o mercado apresenta. Existe uma grande expectativa por parte dos futuros universitários em conhecer, previamente, a estrutura que lhe será ofertada durante todo o curso superior. Cada vez mais valoriza-se uma boa estrutura de laboratórios, qualidade das salas de aulas, a existência de um ambiente universitário e multidisciplinar e, acima de tudo, a qualificação e a titulação dos mestres docentes, independentemente da área de atuação. O poder de decisão em relação à carreira profissional está cada vez mais nas mãos dos próprios jovens, e não com os pais ou outros atores envolvidos no processo. Ou seja, as escolhas profissionais começam a ser decisivas ainda na adolescência.

Como escrevi semana passada, toda decisão, por mais simples que possa parecer, envolve riscos que se amenizam muito quando se constrói uma estratégia bem clara, com base em planejamento e critérios de escolha bem definidos. Tomar decisões é uma questão de coragem, combinada com uma grande dose de intuição. Entretanto, a eficiência da intuição é menos relevante quando se efetiva uma escolha com base em comparações. Por isso acho importante ações proativas de instituições de ensino superior, no sentido de apresentar seu projeto pedagógico e, sobretudo, mostrar toda a estrutura de seus cursos antes da escolha por parte dos futuros universitários. Assim, a escolha profissional torna-se mais consistente e com maiores chances de sucesso.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

As redes sociais, flash mobs e os movimentos populares


* Leonardo Marcos Rodrigues
Professor dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda
da Faculdade Pitágoras/Divinópolis.




O leitor já deve estar cansado de ler, quase todas as semanas, vários e vários artigos citando as redes e mídias sociais, suas aplicações e transformação que ela tem causado no cotidiano popular. Já é mais do que claro, que a vida nessa sociedade moderna, cosmopolita e mutante não é mais a mesma depois que tivemos acesso à esse novo mundo virtual, onde todos estamos ligados e construindo conceitos, debatendo nosso cotidiano e nossos problemas, enfim, estamos conectados. E é justamente sobre esse poder de ligar pessoas que as redes sociais possuem que vamos refletir, em especial o tão comentado e badalado #ponchicday.

Para que o leitor entenda bem o caso, vamos a um pequeno resumo da ópera. O Ponchic é um refrigerante vendido em Divinópolis (MG) e região centro-oeste do estado. É uma bebida que fez parte da infância da maioria dos integrantes da geração X e Y, que tem uma adesão fortíssima nas redes sociais. Acontece que na quinta-feira (04/11), depois de uma pequena discussão iniciada no Twitter, onde uma pessoa fez uma crítica à bebida que é um verdadeiro ícone da cultura divinopolitana, várias pessoas saíram em defesa do Ponchic, inclusive esse colunista.

O que havia começado como uma brincadeira se tornou um fenômeno de mobilização local, com centenas de internautas declarando o seu amor pelo refrigerante. Com isso, surgiu a idéia de se criar o #ponchicday, que na linguagem mais popular seria o “dia do Ponchic”. A sexta-feira (05/11) foi a data escolhida para celebrar o amor dos divinopolitanos à bebida, sendo que os proprietários da marca, sabendo do movimento, resolveram doar 200 garrafas do refrigerante para comemorar o evento, que teve a participação de cerca de 40 pessoas. Eis que estava sacramentado o primeiro flash mod genuinamente popular em Divinópolis.

Os flash mobs são aglomerações instantâneas de pessoas em um local público para realizar determinada ação inusitada previamente combinada. A expressão geralmente se aplica a reuniões organizadas através de meios eletrônicos de comunicação, como o twitter.

O exemplo acima serve bem de exemplo do que temos debatido ao longo de várias colunas, a força das redes e mídias sociais no nosso cotidiano. Um simples gosto em comum de várias pessoas conseguiu movimentar centenas de pessoas durante dois dias. Para quem ainda duvidava desse poder, é o hora de rever os conceitos e se preparar para que essas mobilizações populares se tornem cada dia mais freqüente.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Comunicação interna e o aumento da produtividade

* Ricardo Nogueira.
Jornalista, Mestre em Educação, Cultura e Organizações Sociais.
Professor da Faculdade Pitágoras nos cursos de
Jornalismo e Publicidade e Propaganda



Neste artigo abordaremos a mudança nos processos de gestão da era moderna para a atualidade e seus reflexos na vida dos funcionários das empresas. A partir do entendimento que passamos por uma mudança, da era da sociedade disciplinar (marcada pela punição) para a era da sociedade de controle (marcada pelas recompensas), a comunicação interna nas organizações passa a ter papel fundamental para a obtenção dos resultados empresariais esperados. A diferença nesta análise é que, ao invés de focarmos a comunicação mercadológica (feita especificamente para o público externo), vamos nos ater à importância da boa comunicação interna e como funcionários bem informados podem trazer vantagens competitivas para as empresas

A nova forma como os gestores enxergam os funcionários dentro das organizações, usando métodos de “pseudorecompensas” para a obtenção de metas de produção em detrimento à punição, revela um paradoxo entre as formas da teoria e prática. Enquanto o trabalho em equipe, a gestão compartilhada e a motivação são temas cada vez mais recorrentes nos autores que tratam sobre a gestão organizacional, o que se percebe na prática é a individualização nos ambientes de trabalho onde, pressionado por metas e objetivos a serem cumpridos, os empregados pensam primeiramente na satisfação de seus objetivos pessoais para depois se envolverem nos objetivos organizacionais.

Assim, as práticas utilizadas pelas organizações para criar vínculos com os funcionários a fim de formar equipes de trabalho engajadas, compartilhando valores e objetivos em comum, esbarram nas estratégias individuais de sobrevivência no ambiente de trabalho, causadas, em grande parte, pela insegurança e instabilidade do mercado. Pesquisas recentes mostram que o nível de envolvimento dos empregados com os objetivos organizacionais estão abaixo da expectativa das empresas. Isso, de acordo com os dados, causado muitas vezes pelo sentimento da restrição de informações nos ambientes de trabalho, o que gera desconfiança e falta de comprometimento.

Tais fatos são importantes para apontar a necessidade de considerar estas contradições ao se tentar alinhar a comunicação interna nas organizações com a realidade atual. Podemos apontar alguns desafios para a comunicação interna neste cenário. Um deles é a atenção às conseqüências das mudanças nas relações de trabalho e no ambiente interno nas empresas. A expansão acelerada da tecnologia e o acesso facilitado aos meios de comunicação fazem com que as organizações tenham que ter cada vez mais responsabilidade com a veiculação de decisões e a tradução de acontecimentos que afetam a vida dos empregados, entendendo que as empresas deixam de ser o único pólo de emissão das mensagens. Para isso, deve-se entender e reforçar o papel das lideranças internas como fontes e agentes de comunicação a favor das empresas.

Outro desafio no ambiente interno das organizações é a comunicação de mão-dupla. Diversos autores da área de Comunicação Organizacional já apontaram a importância da comunicação acontecer no fluxo horizontal, e não no vertical, como ocorria na sociedade disciplinar. No entanto, percebe-se ainda poucas práticas que favorecem a participação dos funcionários no contexto da comunicação interna nas empresas. Para atingir estes objetivos da comunicação eficaz, é necessário considerar, efetivamente, a ótica dos empregados. E isso só é possível com a diminuição da distância entre as partes envolvidas – diretoria e funcionários.

Pensar nos funcionários como partes fora dos acontecimentos internos e externos de uma organização é menosprezar a capacidade crítica destes indivíduos que estão muitas vezes mais preocupados em satisfazer suas necessidades individuais do que em atender aos objetivos organizacionais. Para evitar este tipo de confronto, uma comunicação interna eficiente, que respeite as individualidades e promova a participação para atingir os objetivos das empresas revela-se uma importante estratégia e ferramenta de competitividade no mercado contemporâneo.

A disponibilização de informações relevantes, principalmente aquelas que vão influir diretamente na vida dos empregados, é condição básica para a construção de verdadeiras equipes de trabalho, onde cada membro “abre mão” dos objetivos individuais a favor de um esforço coletivo, em prol da organização. E isso, como percebe-se, é motivo de busca frequente nas organizações, que sabem que o capital humano engajado e comprometido é cada vez mais um diferencial no ambiente de trabalho. Por isso, os gestores da comunicação interna têm que levar em consideração todas as mudanças internas e externas que influenciam as organizações, para que os esforços em programas e ferramentas específicas para este fim atinjam os verdadeiros objetivos.










O prazer do jornal

Bernardo Rodrigues

Jornalista, especialista em Filosofia e Mestre em Teoria da Literatura.
Professor dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda
da Faculdade Pitágoras/Divinópolis




Muito se diz que não é possível pensar em democracia sem que haja uma imprensa ativa. De fato, o jornalismo cumpre um importante papel de crítico e fiscalizador do Poder Público, levando ao conhecimento da população o que acontece na esfera governamental. Entretanto, isso nos traz outro questionamento: o que o público faz com essas informações?

Em meados do século passado, nos Estados Unidos, algumas pesquisas sobre a comunicação de massa já se voltavam para esse uso que o público faz dos meios de comunicação. Isso aconteceu como desenvolvimento de uma abordagem funcionalista da mídia, que tentava identificar o papel que ela desempenhava na sociedade e seus efeitos sobre a massa. Daí, em vez de se perguntar “o que a mídia faz com o público?”, voltou-se o foco para outra indagação: “o que o público faz com a mídia?”. Essa abordagem ficou conhecida como “Usos e Satisfações”, ou “Usos e Gratificações”, defendendo que o público busca os meios de comunicação para a fim de obter uma satisfação pessoal.


Isso nos leva à pergunta do primeiro parágrafo. Vamos falar de jornalismo aqui como se a imprensa fosse totalmente isenta, imparcial e comprometida simplesmente com a verdade (num outro momento voltamos a atenção para as “tendências” do jornalismo). Enfim, por mais que a imprensa esteja empenhada em conscientizar e informar a população, pode acontecer de as pessoas buscarem a mídia simplesmente por entretenimento. Um telejornal, nesse caso, vira um espetáculo, esgotando-se em si mesmo, sem deixar para os espectadores, por mais que tente, algo que paute ou oriente sua ação no futuro. Um exemplo disso seria aquela pessoa que, ao deitar, deixa a TV no canal de notícia, apenas para que pegue no sono, deixando de lado seus problemas com trabalho e com a família. A notícia se transforma, para essa pessoa, num discurso que traz distração.


Ao trabalhar essas questões com meus alunos, propus que se fizesse uma breve pesquisa pela faculdade para observar essa relação dos estudantes com os meios de comunicação. Realmente é curioso observar que a maior parte das pessoas assista a televisam com o simples objetivo de passar o tempo, mesmo aquelas que dizem assistir ao telejornal. É fato que a própria linguagem e formato do telejornal, por exemplo, tem mudado, deixando o jornalismo mais leve, mais solto, mais atento à forma e mais próximo, inclusive, de programas de entretenimento. Daí é que surgem os “andróginos” CQC’s e outros programas que mesclam pautas jornalísticas com entretenimento. O jornalismo, aos poucos, passa a ser convertido pelo público num produto que pouco se diferenciaria de uma telenovela, observando-se seu papel social.


Se é esse o uso que o público faz do jornalismo, sua contribuição para a Democracia fica limitada, nem tanto pelo tipo de informação que dissemina, mas pelo alheamento que o próprio público se impõe, ao abrir mão do “empoderamento” que a mídia deveria lhe proporcionar.

Muitos podem vir com o apocalíptico discurso de que é a própria Indústria Cultural, da qual o jornalismo faz parte, que provoca essa alienação. Entretanto, essa demonização da mídia, na verdade, só ofusca os buracos do modelo de educação que temos privilegiado em nosso país. É mais fácil condenar a mídia; não temos controle sobre ela.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Faculdade Pitágoras presente nas redes sociais virtuais



* Francisco Resende
Coordenador Acadêmico
Faculdade Pitágoras/Divinópolis-MG 

Desde o dia 31 de outubro, dentro dos primeiros projetos implementados pela nova Coordenação Acadêmica, a Faculdade Pitágoras apresenta à comunidade uma forma inovadora de comunicação na era da web 2.0. A partir de agora estão oficialmente implantados seus novos canais de comunicação com clientes, fornecedores, professores, alunos, profissionais do segmento e toda a sociedade utilizando, essencialmente, as novas mídias sociais virtuais.

A Faculdade Pitágoras de Divinópolis passa a dispor de perfil no Twitter, canal de vídeos no Youtube e perfil com fotos no Flickr, além de outras mídias sociais de grande utilização por parte das pessoas no dia-a-dia. Todo este conteúdo será atualizado cotidianamente, pela equipe de comunicação da Faculdade Pitágoras, em parceria com os setores acadêmico e comercial, através de um profissional especialista em mídias digitais, e podem ser acessados de qualquer lugar de forma interativa e colaborativa por texto, foto e vídeo. Além disso, os blogs já estão conectados com estas novidades, e irão noticiar as novidades da Faculdade Pitágoras de Divinópolis para todos os públicos.

A utilização dessas ferramentas de Comunicação têm como objetivo facilitar a troca de informações sobre aperfeiçoamento profissional, cursos de graduação e pós-graduação, vestibulares, promover o treinamento e a capacitação à distância, ampliar o alcance e a divulgação da Faculdade Pitágoras de Divinópolis, além de reunir uma grande rede de pessoas interessadas em temas relacionados ao mercado de Educação Superior, cursos de extensão, Vestibular, entre outros temas, o que a empresa classifica como um grande espaço multiplicador que permite ampliar o relacionamento com o público em geral.

E é com este objetivo que a Faculdade Pitágoras de Divinópolis lança, através de um projeto inédito em toda a região, sua participação nas mais usadas redes sociais do Brasil. Um trabalho extremamente pioneiro e profissional, com o objetivo de estreitar relacionamentos e utilizar mídias mais ágeis, modernas e de maior alcance junto aos seus públicos. Iniciamos, neste início de projeto, as seguintes mídias sociais:

- Twitter: para notícias rápidas e interação. Seja um seguidor do @pitagorasdiv

- YouTube: novo canal da TV Pitágoras, agora disponível para todo mundo! Acesse http://www.youtube.com/tvpitagoras


- Slideshare: compartilhamento de materiais e conteúdo. Acesse http://www.slideshare.net/pitagorasdiv/newsfeed


- FormSpring: Atendimento a dúvidas a partir da internet. Acesse http://www.formspring.me/pitagorasdiv


- Facebook: participação e interação com a comunidade acadêmica. Curta o http://www.facebook.com/pages/Faculdade-Pitagoras-Unidade-Divinopolis/127669063954676


- Orkut: participação e interação com a comunidade acadêmica. Adicione http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=16219807194924944863


- Flickr: coberturas fotográficas de eventos e divulgação de trabalhos acadêmicos. Acesse e busque as melhores imagens/fotos em http://www.flickr.com/photos/pitagorasdiv/


Além disso, a Faculdade Pitágoras de Divinópolis cria, a partir deste momento, um democrático e completo Blog Agregador de Informações. Neste site qualquer usuário, sem a necessidade de senhas, terá uma integração de todas as redes sociais e também notícias, fotos de eventos, vídeos da TV Pitágoras e participará de transmissões ao-vivo de palestras, cursos e aulas especiais; tudo com toda interatividade possibilitada pela internet. O endereço do blog é http://www.pitagorasdiv.blog.br/.
De acordo com o coordenador acadêmico, prof. Francisco Resende, esta é a melhor forma de se poder atingir todos os públicos da Faculdade Pitágoras de Divinópolis. “Nossos alunos são cada vez mais jovens e conectados as essas mídias digitais. É um equívoco muito grande desprezar a força dessas ferramentas no relacionamento entre direção, professores e alunos. Talvez, as redes sociais representem uma revolução tecnológica e comunicacional muito maior do que o rádio e TV, em suas respectivas épocas”, avalia. Segundo o coordenador, todos os acessos já estão liberados aos usuários.
 
As redes sociais são formas de compartilhamento de informações, gostos e idéias entre usuários com os mesmos gostos e estilos. Assim, um grupo de discussão é composto por indivíduos que possuem identidades semelhantes.